O Grande Golpe na Bybit
Em 21 de fevereiro de 2025, o mercado das criptomoedas sofreu um abalo significativo com o ataque à Bybit, uma das principais bolsas de criptomoedas. Hackers conseguiram roubar o equivalente a US$ 1,4 bilhão em Ethereum, envolvendo-se em um esquema sofisticado que começa com a invasão do computador de um desenvolvedor da Safe. Este ataque permitiu a inserção de códigos JavaScript maliciosos na interface de carteira da Bybit, possibilitando a assinatura fraudulenta de transações.
Os criminosos desviaram 401.000 ETH para carteiras sob seu controle, quantia avaliada na época em aproximadamente US$ 1,5 bilhão. Posteriormente, o FBI confirmou que a operação foi conduzida pelo grupo de hackers Lazarus, da Coreia do Norte, conhecido por golpes anteriores de grande escala no setor de criptomoedas.

Estratégias e Consequências da Lavagem de Dinheiro
Uma técnica conhecida como 'TraderTraitor' foi usada, empregando táticas como phishing e comprometimentos de cadeia de suprimentos para realizar o ataque. Após o roubo, os fundos furtados foram rapidamente lavados através de exchanges descentralizadas (DEXs), pontes entre cadeias (cross-chain bridges) e serviços de swaps anônimos.
Até março de 2025, 77% dos fundos roubados permaneceram rastreáveis no blockchain, com 83% já convertidos em Bitcoin distribuídos entre quase 7.000 carteiras. Para dificultar ainda mais o rastreamento, a Coreia do Norte utilizou uma estratégia de transações em alto volume, chamada de 'flood the zone', que visa sobrecarregar os sistemas de rastreamento.
Apesar dos esforços para recuperação dos valores, mais de US$ 200 milhões já haviam sido perdidos por meio de serviços como ExCH, que se recusaram a congelar as transações ilícitas. Este ataque levanta preocupações sobre a segurança no mundo das criptomoedas e destaca a habilidade dos atacantes de contornar as medidas de segurança tradicionais.
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