Encontro Inédito na Bienal do Livro de São Paulo
Na sexta-feira, 13 de setembro de 2024, a 27ª edição da Bienal Internacional do Livro de São Paulo se tornará palco de um evento especial para os fãs da literatura de horror. Às 17:30, no Arena Cultural, situado no Distrito de Anhembi, ao norte da cidade, será realizada uma mesa de discussão abordando temas da literatura de horror brasileira. Neste painel, três dos mais destacados autores do gênero no Brasil se reunirão para discutir suas obras e a importância do horror na literatura nacional.
Autores Que Dominam o Gênero
Ana Paula Maia, uma das escritoras presentes na mesa, é amplamente conhecida por seus livros 'Enterre seus mortos' e 'De cada cinco uma alma', além de seu trabalho como roteirista na série 'Desalma' da TV Globo. Seus textos cativantes mergulham profundamente em questões soturnas e misteriosas, muitas vezes explorando a psique humana de forma intrigante. Seus livros são um retrato autêntico do potencial da literatura de horror brasileira e continuam a atraí-la novos leitores.
Muito aclamado por suas narrativas que mesclam o horror com elementos folclóricos do sertão, Márcio Benjamin está presente com seus livros 'Maldito Sertão', 'Fome' e 'Agouro'. O autor, que também atua como roteirista, utiliza o cenário rural brasileiro para criar histórias que são tanto aterrorizantes quanto autênticas. A originalidade de suas obras tem conquistado leitores em todo o país, principalmente aqueles interessados em mergulhar em medos e mitos ancestrais.
André Vianco fecha o trio de autores convidados. Ele é escritor, roteirista, diretor e dramaturgo, e certamente será um dos destaques da Bienal. Vianco é reconhecido por seu sucesso estrondoso com o livro 'Os Sete', que deu origem a uma popular saga de vampiros. Sua habilidade em mesclar elementos tradicionais do horror com uma abordagem única de narrativa eletrizante o tornou um dos nomes mais proeminentes da literatura de terror no Brasil. Sua presença no evento promete atrair uma multidão de fãs.
Moderação de Gih Alves
A moderadora do painel será Gih Alves, uma voz crescente no cenário literário brasileiro. Autora de 'Os fantasmas entre nós', Gih também administra a newsletter 'Outro Pesadelo' e o podcast 'Boca do Inferno', ambos focados em temas de horror. Com seu vasto conhecimento sobre a literatura de horror, Gih Alves está perfeitamente posicionada para mediar este encontro, garantindo que as discussões sejam ricas e envolventes para todos os presentes.
Programação Diversificada
A Bienal do Livro deste ano, que se estende de 6 a 15 de setembro, promete ser uma das mais emocionantes até hoje. Além do painel de horror, a programação inclui múltiplas sessões de autógrafos, lançamentos de livros e discussões literárias que contam com a presença de autores tanto nacionais quanto internacionais. Este vasto encontro literário é uma excelente oportunidade para os leitores conhecerem suas inspirações de perto e explorarem uma ampla diversidade de temas e gêneros.
Os organizadores esperam uma grande participação do público, incentivando tanto leitores veteranos quanto novatos a mergulharem no mundo literário. Com tantas atrações e atividades, a Bienal é um evento imperdível e uma verdadeira celebração da literatura em todos os seus aspectos.
O Fascínio pela Literatura de Horror
O gênero de horror tem um apelo particular que atravessa gerações e culturas. No Brasil, a literatura de horror tem conquistado um espaço significativo, em parte graças ao talento de autores como Ana Paula Maia, Márcio Benjamin e André Vianco. Suas histórias, que muitas vezes mesclam elementos da cultura brasileira com temas universais de medo e suspense, proporcionam uma experiência de leitura única. Esta combinação de familiaridade cultural com a exploração do desconhecido tem se mostrado irresistível para os leitores brasileiros.
A literatura de horror não é apenas sobre assustar os leitores, mas também sobre explorar os limites da imaginação humana e confrontar nossos próprios medos. Eventos como a Bienal do Livro são fundamentais para celebrar e expandir esse gênero literário, permitindo que novos autores surjam e que os leitores descubram novas histórias e perspectivas.
Portanto, se você é um fã do horror ou simplesmente está curioso sobre o gênero, não perca a oportunidade de participar desta mesa de discussão na Bienal do Livro de 2024. Será uma chance única de ouvir diretamente de alguns dos maiores mestres do horror brasileiro e expandir suas próprias expectativas sobre o que a literatura de horror pode oferecer.
Comentários
Catiane Raquel Sousa Fernandes
setembro 15, 2024Ah, outra mesa de horror com os mesmos três nomes que todo mundo já ouviu falar. Quando vamos ver um autor do Norte ou do Nordeste que não seja só folclore e fome?
Isso aqui é diversidade? É repetição disfarçada de cultura.
Eliana Pietrobom
setembro 16, 2024Essa gente acha que escrever sobre demônio no sertão é literatura séria
Meu avô contava histórias piores na varanda e ninguém chamava de gênio
James Chaves
setembro 17, 2024Sabe quem controla o horror brasileiro? As mesmas editoras que vendem livros pra universidade e depois mandam os autores fazerem podcast na Globo.
Tudo é marketing. Tudo é controle. E vocês caem de boca.
Espero que alguém grave isso e mande pro Lula ver.
Davi Amorelli
setembro 17, 2024É incrível ver o crescimento da literatura de horror nacional. Autores como Ana Paula Maia e André Vianco estão elevando o padrão da narrativa brasileira, trazendo profundidade psicológica e cultural que antes era ignorada.
Eventos como esse são fundamentais para a construção de uma identidade literária autêntica. Parabéns à organização e aos participantes.
Yuri Marques
setembro 19, 2024Vou lá no sábado. Se tiver bolo de cenoura com calda de caramelo no café da Bienal, eu te aviso. 😄
Marcus Campos
setembro 20, 2024O horror não assusta porque tem sangue. Assusta porque revela o que a gente nega.
Quando o sertão fala, é porque o Brasil já gritou e ninguém ouviu.
Esses autores não escrevem terror. Eles traduzem o silêncio.
Sérgio Eusébio
setembro 21, 2024Muito bom ver o gênero sendo levado a sério. O horror brasileiro tem raízes profundas: desde o boi-bumbá até as lendas urbanas das periferias.
É importante que a Bienal dê espaço não só aos nomes conhecidos, mas também a novos autores que estão escrevendo sobre medos contemporâneos - como o isolamento digital, a violência structural, a perda de identidade.
Se puderem incluir uma sessão com autores negros, indígenas ou LGBTQIA+, seria um passo gigante.
sidney souza
setembro 21, 2024A literatura de horror é um espelho. O que nos assusta não são os fantasmas, mas o que eles revelam sobre nós.
É um gênero que exige coragem - tanto do autor quanto do leitor.
Parabéns aos organizadores por trazer esse debate à tona. É um sinal de maturidade cultural.
patrícia maria calciolari
setembro 23, 2024Li 'Enterre seus mortos' no ano passado e fiquei sem dormir por três dias. Não é só assustador, é como se a autora tivesse aberto uma janela na minha cabeça e deixado entrar o que eu tentava esconder.
Se alguém quiser trocar ideia sobre o final, me chama no DM.
Diogo Santana
setembro 24, 2024e se o horror real for o fato de que ninguem mais le livro mesmo?
tipo, eu vi a bienal no instagram e achei lindo mas eu nao sei se tenho paciencia pra ler mais de 3 paginas
Gabriel Assunção
setembro 26, 2024O horror é a única literatura que não precisa de fim. Porque o medo não termina, ele só muda de forma.
Quem escreve horror não inventa monstros. Ele só espelha o que o sistema já criou.
Seu chefe é um vampiro. Sua cidade é um sertão maldito. E o seu celular? É o agouro que nunca desliga.
Isso aqui não é literatura. É terapia coletiva.
João Eduardo João
setembro 27, 2024Que bom ver o Brasil celebrando suas próprias histórias de terror.
Não precisamos copiar o que vem de fora. Nossos mitos, nossas histórias de bicho-papão, nossas lendas urbanas - tudo isso é ouro puro.
Espero que essa onda continue e que os jovens se apaixonem por ler antes de só ver TikTok.
Mayla Souza
setembro 28, 2024Eu fiquei pensando depois que li 'Maldito Sertão'... será que o medo que a gente sente não é só o medo do desconhecido, mas o medo de reconhecer que aquilo tudo ainda existe?
Eu cresci em uma cidade do interior e minha avó falava de um homem que andava pelas estradas de noite com um saco de ossos... ela dizia que era o espírito de quem não foi enterrado direito.
Hoje eu sei que era uma metáfora, mas quando eu era criança, eu acreditava.
E aí eu comecei a olhar pro meu pai, que nunca falava dos seus pais, e pra minha mãe, que chorava toda vez que passava perto da igreja velha.
Os livros de Márcio Benjamin não são só sobre assombração. São sobre o que a gente não conta, o que a gente esquece, o que a gente enterra com a terra.
E quando a gente lê, a gente não está sendo assustado - a gente está sendo lembrado.
Eu fui na Bienal ano passado e comprei todos os livros que vi. Não por moda. Porque eu precisei.
Se alguém tiver lido 'Agouro' e quiser trocar ideia sobre o capítulo do cemitério abandonado, me manda um sinal. Eu tenho anotações. Muitas. E talvez eu tenha chorado. Um pouco. Só um pouco.
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