Joesley e Wesley Batista, nascidos em 1970 e 1972 e oriundos de Goiás, ganharam nas redes o apelido de "dupla do interior" por causa das origens e da semelhança dos nomes. Agora, eles estão tentando transformar esse reconhecimento em uma operação de grande porte: uma parceria com a MSC, empresa suíça de referência em navegação e gestão de terminais.
Por que o Tecon 10 vale tanto?
O Tecon 10 é o maior terminal de contêineres das Américas. Sua capacidade de movimentação, localização estratégica no Porto de Santos e infraestrutura moderna o tornam um ponto crucial para o fluxo de mercadorias entre a América Latina e o resto do mundo. Quem fechar o leilão garante não só receitas expressivas, mas também influência sobre a cadeia logística regional.
O leilão, aberto há alguns meses, tem atraído interesse de grupos globais, mas a proposta dos Batista Brothers traz um tempero local: conhecimento do mercado brasileiro, junto ao capital e à rede da MSC, que opera em mais de 70 portos ao redor do globo.
Impactos e desafios da aliança
Unir os irmãos, que fizeram fortuna no setor de carnes e já têm experiência em projetos de grande escala, à MSC, especialista em gestão de terminais, pode criar sinergias interessantes. O plano inclui investimentos em tecnologias de automação, ampliação de berços e melhoria de processos de desembarque.
Entretanto, a parceria também enfrenta obstáculos. O histórico dos Batista Brothers inclui episódios controversos que ainda geram desconfiança em alguns investidores. Além disso, questões regulatórias e a necessidade de aprovação de órgãos como a ANTAQ podem atrasar ou até inviabilizar a operação.
O governo brasileiro, por sua vez, tem incentivado a participação de capital privado na expansão dos portos, buscando reduzir gargalos logísticos que impedem a competitividade do país. Se a aliança for aprovada, ela pode servir de modelo para futuras concessões e joint ventures no setor.
Observadores de mercado apontam que a combinação de expertise local e presença global tem alta probabilidade de resultar em uma proposta vencedora. Contudo, o leilão ainda está aberto, e outras empresas, como grupos de infraestrutura e fundos de investimento, também estão na disputa.
O desfecho desse processo pode redefinir o panorama portuário da América Latina, colocando o Brasil ainda mais no centro das rotas comerciais internacionais.
Comentários
Catiane Raquel Sousa Fernandes
setembro 28, 2025Claro, porque não confiar em dois irmãos que viraram sinônimo de escândalo e agora querem comprar um terminal portuário? 🤡 A MSC tá tão desesperada que aceita parceria com quem já foi acusado de lavar dinheiro com carne estragada?
A gente precisa de infraestrutura, não de novelas de novela das oito com portos.
Eliana Pietrobom
setembro 29, 2025Isso é uma vergonha nacional. Enquanto o povo passa fome, esses golpistas compram portos como se fossem uma loja de desconto. O governo deveria proibir isso. Não importa o quão moderno o terminal seja, o sangue deles é sujo. Eles não merecem nem um berço. Nada. Ponto.
James Chaves
setembro 30, 2025Quem tá por trás da MSC mesmo? CIA? Fundos do Qatar? Eles só querem o Tecon 10 pra controlar o fluxo de soja e carne e depois derrubar o real. É tudo um plano. O Batista? Só o rosto. O verdadeiro dono é quem paga a conta por trás da câmera. Eles já estão no controle de 70% dos portos da América Latina. Isso aqui é só a ponta do iceberg. A ANTAQ? É só uma fachada. Tá tudo marcado desde 2018.
Davi Amorelli
outubro 2, 2025Apesar das controvérsias históricas, a proposta dos Batista Brothers apresenta uma oportunidade única de aliar expertise logística global com conhecimento profundo do mercado brasileiro. A MSC traz eficiência operacional e escala, enquanto os irmãos oferecem conexões locais e compreensão das dinâmicas regulatórias. Se os processos de due diligence forem rigorosos e transparentes, essa joint venture pode se tornar um marco na modernização da infraestrutura portuária nacional. O setor precisa de investimentos de qualidade, não de purismo moralista.
Yuri Marques
outubro 3, 2025Se der certo, é o tipo de coisa que pode mudar o jogo pra gente. A gente tá precisando de portos que funcionem de verdade, não só pra exportar soja, mas pra trazer tecnologia e empregos. 🤞 Se eles conseguirem isso sem repetir os erros do passado, tá valendo a aposta. O Brasil merece isso.
Marcus Campos
outubro 4, 2025É interessante como a moralidade vira um filtro seletivo. O cara que roubou bilhões é um monstro, mas o investidor estrangeiro que compra o terminal? Um herói. Será que o problema é o Batista... ou é o fato de que ele é brasileiro? A MSC não tem passado? Ela não opera em países com ditaduras? A hipocrisia é o verdadeiro terminal que ninguém quer leiloar.
Sérgio Eusébio
outubro 6, 2025É importante lembrar que o Tecon 10 não é propriedade privada, é um ativo estratégico do Estado. O leilão não é um jogo de azar, é um processo técnico. O que importa é a qualidade do plano de investimento, a viabilidade operacional e o compromisso com a sustentabilidade e a transparência. A história pessoal dos proponentes é relevante, mas não pode ser o único critério. A ANTAQ tem protocolos rigorosos - se eles passaram, é porque há fundamentos técnicos. O debate precisa ir além da narrativa midiática. Afinal, o que queremos: punir ou construir?
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