Jericoacoara, ou Jeri como a galera costuma chamar, é aquela praia que parece parada no tempo: dunas, lagoas de água doce e um vento que atrai kites e surfistas. Se você tá pensando em colocar Jeri na lista, aqui vai o que realmente importa, sem enrolação.
Chegar a Jericoacoara não é de avião direto. O mais prático é voar para Fortaleza (ou Paraíso) e, de lá, pegar um ônibus ou transfer até a cidade de Jijoca. De Jijoca, a estrada de terra de 4 km até Jeri só aceita veículos 4×4 ou vans de turismo. Muitas agências vendem o pacote “Fortaleza‑Jeri” que inclui o transfer em 4×4, o que tira a preocupação de ficar preso na lama.
Se preferir dirigir, alugue um carro 4×4 em Fortaleza e siga pela CE‑085. A estrada é bem sinalizada, mas tem trechos de areia que podem emperrar no fim da tarde. Chegando na vila, a melhor forma de se mover são as caminhonetes locais ou as biciletas de aluguel. Não tem trânsito, então tudo é bem tranquilo.
Comece o dia na famosa Duna do Pôr‑do‑Sol. Suba a areia, espere o sol se despedir e veja o céu virar fogo. Depois, vá para a Lagoa do Paraíso: água cristalina, cadeiras de redes e stands que vendem água de coco gelada. Se quiser algo mais calmo, a Lagoa de Jericoacoara tem água doce e pontes pitorescas.
Wind surf e kitesurf são a cara de Jeri. A temporada de vento forte vai de julho a dezembro. Se ainda não pilotou, procure escolas locais – elas oferecem aulas curtas e todo o equipamento. Para quem curte uma trilha, a Pedra Furada é fácil de alcançar e dá uma vista incrível da vila.
Na hora de escolher onde ficar, a vibe varia: hostels econômicos na rua principal, pousadas charmosas a poucos passos da praia e hotéis de luxo com piscinas de borda infinita. Reserve com antecedência na alta temporada (julho‑dezembro), porque a demanda explode.
Comer em Jericoacoara é bem simples: tem restaurantes que servem frutos do mar frescos, tapioca recheada e pizza artesanal. Não perca o peixe grelhado com molho de manteiga e limão, e experimente a cachaça local. Para quem tem restrição, a maioria dos lugares aceita adaptações.
Dicas rápidas: leve protetor solar e chapéu, porque o sol é intenso o ano inteiro; carregue um pente‑fino para o vento que pode deixar o cabelo um caos; e sempre tenha dinheiro em espécie – poucos estabelecimentos aceitam cartão. Também evite alugar buggy fora das agências oficiais, porque a maioria das estradas são de areia e pode ser perigoso.
Se ainda não se convenceu, lembre‑te de que Jericoacoara tem um filme de Hollywood vibe, mas sem a multidão. É um lugar onde a natureza dita o ritmo e a gente simplesmente desacelera. Prepare a mochila, siga o plano acima e aproveite cada instante.
Uma batalha judicial de 40 anos em Jericoacoara, CE, tomou novo rumo com a empresária reivindicando 80% do território, 49 mil m². A decisão, favorável a ela, gera resistência dos moradores que temem despejo e perda de sustento. O caso levanta questões sobre posse de terra e direitos de ocupantes no Brasil.
