Todo mundo já ouviu falar de enchentes que deixaram estradas submersas e casas encharcadas. Mas, na prática, o que leva a esses eventos e o que você pode fazer para não ser pego de surpresa? Vamos conversar sobre as causas mais comuns, os impactos reais e as dicas que ajudam a reduzir riscos.
O Brasil tem clima variado, e as chuvas intensas são normais em algumas regiões. Quando o céu despeja água em curto espaço de tempo, o solo não consegue absorver tudo. Rios e bueiros ficam sobrecarregados, e a água transborda. Além disso, o desmatamento nas margens dos rios reduz a capacidade natural de retenção de água. As cidades, ainda, costumam ter pavimentação extensiva, o que impede a infiltração e faz a água correr mais rápido para os canais.
Outro ponto importante é a mudança climática. Ela aumenta a frequência de eventos extremos, como tempestades severas, que elevam o risco de cheias em áreas que antes eram menos vulneráveis. Por isso, o termo “inundação” não se refere só a rios grandes; pode envolver alagamentos de bairros, vias e até áreas rurais.
Quando a água invade ruas e casas, a primeira preocupação costuma ser a segurança das pessoas. Acidentes com correnteza, desabamentos e até eletrocussões podem acontecer. A perda de bens materiais – móveis, eletrodomésticos, documentos – gera custos que muitas famílias não têm para repor.
Além do dano físico, tem o efeito na saúde pública. Águas contaminadas se espalham, favorecendo surtos de doenças como dengue, leptospirose e diarreia. O trânsito fica paralisado, o comércio perde vendas e escolas podem ficar fechadas por dias.
Para as cidades, o custo de reconstrução de estradas, pontes e sistemas de saneamento pode chegar a bilhões. Por isso, investir em prevenção faz sentido tanto para quem vive nas áreas de risco quanto para os cofres públicos.
Antes da primeira gota: verifique se sua casa está em zona de alagamento. Municípios costumam disponibilizar mapas (geralmente nos sites da prefeitura). Se estiver na área, pense em elevar móveis e eletrodomésticos, instalar proteções nas portas e criar um plano de evacuação para a família.
Durante a chuva forte: mantenha-se informado pelos canais oficiais – rádio, TV ou aplicativos de alerta. Não tente atravessar vias alagadas a pé ou de carro; a profundidade pode ser enganosa e a correnteza, perigosa. Se a água entrar em casa, desligue a energia elétrica na caixa de disjuntores antes de tocar em qualquer aparelho.
Depois que a água baixar: faça inspeções cuidadosas. Procure sinais de danos estruturais, como rachaduras nas paredes, e registre tudo com fotos para facilitar o pedido de indenização (se houver seguro). Limpe e desinfete superfícies que ficaram em contato com água suja; isso ajuda a prevenir doenças.
Outra atitude simples, mas eficaz, é participar de mutirões de limpeza em seu bairro. Retirar lixo das ruas e dos bueiros melhora a drenagem e diminui o risco de entupimentos que pioram as cheias.
Planejamento urbano é a base. Projetar sistemas de drenagem adequados, preservar áreas verdes e evitar construções em leitos de rios são medidas essenciais. Além disso, criar campanhas educativas frequentes mantém a população alerta.
Investimentos em monitoramento de rios, com sensores de nível d'água, permitem avisos antecipados. Quando combinados com rotas de evacuação bem sinalizadas, esses recursos salvam vidas.
Finalmente, políticas de reflorestamento nas regiões de nascentes ajudam a absorver água e reduzir a velocidade de escoamento. Cada árvore plantada pode ser um pequeno escudo contra a próxima inundação.
Em resumo, entender por que as inundações acontecem, reconhecer seus impactos e adotar medidas preventivas são passos que todos podemos dar. Seja ajustando a casa, acompanhando alertas ou cobrando planos de cidade mais resilientes, pequenas ações se somam e aumentam a segurança de todos.
A cidade de São Paulo está em estado de alerta para inundações nesta sexta-feira, 24 de janeiro de 2025, devido à previsão de chuvas intensas na região. Com mais de 100 mm de chuva esperados em algumas áreas, a Defesa Civil emitiu alertas de precaução para evitar riscos de alagamentos e deslizamentos. Autoridades municipais pedem que os moradores estejam informados e sigam as orientações de segurança.
